O Ministério da Saúde registrou uma queda de 28,6% nas notificações de dengue, informadas até 7 de março, em comparação com os 160.137 do mesmo período de 2008. Nas dez primeiras semanas deste ano foram notificados 114.355. Houve redução em 19 estados e no Distrito Federal. Ocorreu aumento em sete estados: Bahia, Acre, Roraima, Amapá, Minas Gerais, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul. Nessas regiões, há alta transmissão nos municípios de Jequié (BA); Vila Velha, Serra, Nova Venécia e Vitória (ES); Belo Horizonte e Coronel Fabriciano (MG); Rio Branco (AC); Boa Vista (RR); e Macapá (AP).
Apesar de os dados preliminares serem positivos, o diretor do Departamento de Vigilância Epidemiológica, Eduardo Hage, alerta que as informações devem ser avaliadas com cautela e que a mobilização deve ser intensificada nos estados e municípios com situação mais preocupante. “Há seis estados com aumento de casos, o que confirma a necessidade de intensificação das ações de controle”, diz Hage.
O boletim preliminar do Ministério informa ainda que, até a 10ª semana de 2009 foram registrados 235 casos de Febre Hemorrágica de Dengue (FHD), com 16 óbitos. De acordo com o boletim parcial, cinco estados concentram 72% dos casos de FHD: Bahia (30%), Espírito Santo (15,8%), Mato Grosso (11,5%), Roraima (9%) e Minas Gerais (6%). Quanto aos casos de Dengue com Complicação (DCC), houve 368 notificações com sete mortes no período avaliado. Em 2008, no mesmo período, ocorreram 1.445 casos de FHD e 5.258 de DCC.
Regiões – Acompanhando a tendência nacional, todas as regiões também registraram queda de casos. Em ordem decrescente, os percentuais de redução foram de -45,68% no Sudeste, -35,48% no Sul, -25,09% no Norte, -12,78% no Centro-Oeste e de -4,75% no Nordeste. “Como ainda estamos no período de transmissão da doença em vários estados, especialmente das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul e parte do Nordeste, como na Bahia, não há nenhum motivo para desmobilização. Pelo contrário, a dengue é uma doença que exige mobilização e ações de controle durante todo o ano todo”, reforça Eduardo Hage.
Sedentarismo – O número de brasileiros que praticam atividade física regular aumentou de 14,9%, em 2006, para 16,4%, em 2008. Embora continue alto, o sedentarismo baixou de 29,2% para 26,3%, no mesmo período. As informações inéditas estão no estudo Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde.
A pesquisa foi realizada nas 26 capitais e no Distrito Federal, entre abril e dezembro de 2008. Foram 54 mil entrevistas telefônicas realizadas pelo Vigitel, desenvolvido em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo. “Os dados mostram uma tendência positiva, mas ainda é preciso mudar o padrão alimentar e de atividade física da população. Transformar esses dois hábitos básicos em estilo de vida poderia evitar, no Brasil, cerca de 260 mil mortes por ano, relacionadas a doenças como, por exemplo, cardiovasculares e cânceres”, afirmou o ministro José Gomes Temporão.
O relatório mostra que homens são mais ativos: 20,6% fazem alguma atividade física. Entre as mulheres, o índice é 12,8%. Mas são eles também que lideram o sedentarismo: 29,5% deles não praticaram qualquer atividade física nos últimos três meses, não realizaram esforço físico intenso no trabalho, não se deslocaram para o trabalho a pé ou de bicicleta, e não eram responsáveis pela limpeza pesada da casa. Entre as mulheres 23,5% são consideradas sedentárias.
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