Gaviões levanta arquibancada e emociona com homenagem a Lula
Ponto alto do desfile foi a paradinha da bateria, com direito a troca de roupa - 250 ritmistas caracterizados como operários passaram a presidente da Nação.
Por Aline Nascimento - Portal Linha Direta

“Vai meu gavião… Cantando a saga do menino sonhador. Um filho do sertão, cabra da peste, irmão, que deus pai iluminou!”. E foi assim, às 5h09 da manhã desse domingo (19), que a Gaviões da Fiel coloriu e emocionou o Sambódromo do Anhembi com a história de Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente torcedor.
O samba-enredo “Verás que o Filho Fiel não foge à luta – Lula, o retrato de uma Nação” contagiou a arquibancada, que cantou do começo ao fim do desfile - primeiro embalada pela comissão de frente, que mostrou do nascimento à ascensão a presidente da República com cordéis e xilogravuras.
No carro abre-alas, o tradicional Gavião deu lugar ao Gavião Carcará, ave comum no sertão de Caetés – cidade natal de Lula. A ala das baianas homenageou dona Eurídice, mãe do ex-presidente.
A Escola ainda trouxe alas que representavam a caça às bruxas no período da Ditadura, o ingresso no movimento sindical e o encontro com a política, com direito a uma homenagem ao Partido dos Trabalhadores. As Diretas Já foram lembradas com faixas com frases famosas no período da repressão, como "Amanhã vai ser outro dia", de Chico Buarque - cadeirantes puxavam o bloco com o samba na ponta da língua.
As conquistas presidenciais não ficaram de fora, a Gaviões destacou a luta pela agricultura, pelo conhecimento, o fortalecimento econômico e a erradicação da fome – principais bandeiras de Lula.
O ator Fábio Assunção veio no comando do quarto carro e, nos bastidores, se disse feliz e emocionado por participar da homenagem. “Além disso, sou corintiano!”, completou. Outro convidado ilustre foi o senador Eduardo Suplicy.
Na mesma alegoria, um painel de LED trazia fotos e vídeos de diferentes momentos da vida do ex-presidente. Inclusive um inédito, onde ele agradecia emocionado à homenagem. Lula garantiu que, apesar da vontade de participar dessa grande festa, seguiu as recomendações médicas e manteve o repouso.
Dona Marisa Letícia, no entanto, representou o marido e cantou o samba-enredo ao lado de Andres Sanches, ex-presidente do Corinthians.
Ponto alto
O ponto alto do desfile foi a paradinha da bateria, com direito a troca de roupa. Nela, os 250 ritmistas que embalavam a Escola passaram de operários a presidentes da Nação. A rainha de bateria, Tati Minerato, seguiu o exemplo dos músicos, abandonou o macacão de operária e “usou” apenas uma faixa presidencial pintada no corpo. A madrinha Sabrina Sato também animou a arquibancada.
Barracão
Uma passagem curiosa foi a homenagem prestada pelos trabalhadores do barracão. Quando souberam da doença enfrentada pelo presidente, todos os homens que trabalhavam na montagem das alegorias rasparam os cabelos– sinal de apoio e torcida pelo pronto restabelecimento de Lula.
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